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Você ainda fica na dúvida do que é design e o que é marketing?

As fronteiras entre design e marketing costumam ser nebulosas para muitos empreendedores, especialmente em um mercado competitivo, onde estúdios e agências frequentemente assumem qualquer tipo de demanda para capitalizar clientes e recursos.

Este breve artigo busca esclarecer essa sobreposição, por meio de uma analogia e um exemplo prático, ajudando a entender quando e por que contratar cada uma dessas competências.

 

A lógica é simples: comece pelo design. É ele quem define os valores da marca, além dos elementos visuais e sensoriais que servirão de base para o trabalho de outras áreas, como a arquitetura e o marketing.

 

 

Muita gente confunde esses dois conceitos e não é à toa. Eles caminham juntos, mas têm funções bem diferentes.

 

Para ilustrar, imagine uma casa.

O design é como cuidar da estrutura, da organização e da estética dessa casa. É garantir que ela seja funcional, bonita, coerente em cada detalhe e transmita a personalidade de quem mora ali. O jardim está bem cuidado, os ambientes têm harmonia, tudo funciona conforme projetado. Essa casa chama a atenção de quem passa na frente, ela desperta interesse, curiosidade e é fotografada. Mas apenas entre aqueles que, por algum motivo, passam por ali naturalmente.

O marketing, por outro lado, é quando o dono da casa decide sair pelo bairro, bater nas portas, mostrar fotos, contar a história da casa e convidar as pessoas para ir visitá-la. Ele amplia o alcance, leva a mensagem mais longe, provoca movimento e gera oportunidades.

Na prática, design e marketing são complementares: o design prepara e sustenta a marca; o marketing leva essa marca ao mundo. Uma casa bem cuidada, mas escondida, pode passar despercebida, morrer na praia. Já uma casa divulgada sem consistência, pode decepcionar ao ser visitada.

Nesse sentido, o design cria os códigos visuais e sensoriais que ajudam a formar essa percepção (marca, tipografia, paleta de cores, tom de voz), enquanto o marketing é o canal que amplifica essa percepção, seja por meio de campanhas, conteúdos, anúncios ou redes sociais.

Um bom exemplo é a Leica, tradicional marca alemã de câmeras fotográficas que construiu sua identidade sobre os pilares da precisão óptica, durabilidade e uma estética minimalista e refinada. O design da Leica, marcado por linhas limpas, ergonomia funcional e ausência de excessos, transmite um compromisso com a essência da fotografia. Seus produtos não apenas performam com excelência, mas comunicam, pela forma, a filosofia da marca: foco no que é essencial.

Esse posicionamento visual e simbólico é reforçado por uma estratégia de marketing mais contida, mas altamente eficaz, baseada em narrativas de autenticidade, legado e exclusividade. A Leica não disputa espaço com concorrentes por meio de campanhas ruidosas, mas conquista autoridade ao se manter fiel ao seu design e comunicar valores atemporais. É uma marca que fala pouco, mas diz muito, e isso só é possível quando design e marketing caminham em sintonia.

E na sua empresa, como anda a relação entre design e marketing?